segunda-feira, 9 de junho de 2008

"Tempos Modernos".

Noite passada a minha cabeça parecia aquela máquina do filme do Chaplin à velocidade máxima, não parava de forma alguma, e até espantava pela inutilidade de certos produtos que dela saía. Oh sim, com certeza era o filme do Chaplin, logo logo eu seria engolida por ela - desenfreada, a produzir possíveis parafusos para os possíveis buracos incompletos.
Tudo bem, é bom colocar a maquinaria cefálica pra funcionar. Ficaria até feliz se fosse num momento oportuno. Não à meia-noite! Nunca às duas da manhã! E ela não parava. Estava realmente me irritando - e pior! - agora, não só o intenso trabalho cerebral me roubava o sono, como também a irritação diante da situação descontrolada.
O cerco está montado, pensei, estou pronta para ser devorada. Respirei fundo, cansada da extensa luta interna, e olhei para o céu - mais que isso - ele olhou pra mim. Uma única estrela - no céu tomado pela fumaça do meu trabalho - piscava para mim, sem dúvida era para mim! E a máquina parou, finalmente parou e eu nem percebi - agora eu era criança.
Veio-me aquele desejo infantil de fazer um pedido àquela estrela que com certeza era só minha. Um pedido. Simples. Fácil... Calma! Só pode ser um? E a estrela foi coberta pela fumaça do novo trabalho da máquina desenfreada. Voltei aos dezessete.

Um comentário:

Samory Santos disse...

Nem me fale em insônia :/ . "A master-piece".

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