terça-feira, 1 de julho de 2008

juventude - uma dissertação.

Em toda geração há sempre um questionamento: "Como será a próxima? Será que conseguirão superar tudo o que não pudemos? Ou será que nunca existirá uma geração como a nossa?" Elis Regina já dizia: "Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais". Mas será? Em plenos anos 2000, perguntamo-nos: quem somos nós?
O jovem "pós-revoluções" assistiu a todos os fracassos sociais, a todas as desilusões ideológicas de antigos jovens - que pensavam no coletivo - e nada mais o toca. Porque é muito fácil ter uma ideologia quando é só seguir os outros, quando somos obrigados a lutar por uma liberdade de alguma forma privada. Mas e quando se tem "toda" a liberdade, toda a informação, e quando se tem tantas opções?
Vivemos numa globalização desenfreada, em que não há tempo. Tudo foi para ontem e o presente é quase inexistente. Só temos tempo de olhar para o umbigo e sobreviver no "capitalismo selvagem" no qual estamos inseridos, e o tempo que resta é utilizado para esquecer que é só isso o que fazemos. Gozando o máximo possível para sentir que de alguma forma a vida é boa, ou então, nada vale a pena.
Estamos perdidos, atônitos, neutros. Nada nos motiva e deixamo-nos levar pela correnteza. Corremos e não sabemos para onde. Jogamo-nos no escuro, no exagero, com overdose de tanta informação inútil, de tanta droga, de tanta guerra. Somos um corpo inerte, nem toda dor nos dói, nem todo amor nos toca. Somos seres adaptáveis.

4 comentários:

Laís de Almeida disse...

dissertação feita ano passado p/ redação(a matéria).
"ideologiaaa eu quero uma pra viver!" hehe. ;D

se eu fosse escrever alguma coisa agora, eu ia falar algo parecido (só que menos técnico) então, achei desnecessário.

Samory Santos disse...

Tava olhando e pensando "acho que isso foi assunto do colégio" hehehe. Hum, uma visão menos "ó Deus, nossa geração é uma merdita só feita apenas de alienados (menos eu, o enunciador e agregados) que não querem saber de porra nenhuma pois nasceram assim e que o fim dos tempos está próximo". Bom texto... tirou quanto nele? hehehe

Edgar Martins disse...

Se é uma redação de colégio ou não..não importa lá essas coisas. É tudo verdade, uma grande verdade!
Pra ser um pouco divergente...só não digo que nos adaptamos..diria que vegetamos e assistimos a vida passar. Muito bom o teu texto, parabéns! Continua assim...excelente!

Bravo.

Unknown disse...

parabens pela criatividade e pela sensura de levar a gente para a realidade..
beijos gizely!!!!!