quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ilusão de óptica.

Vejo a ti
e perco a paz que nunca tive
mas finjo a mim que tive e finjo a ti não perdê-la.
o coração quase que sai pela boca, engasga.
e a ânsia do vômito que nunca sai, está sempre ali na iminência.
e o gosto amargo que perdura.
e a surdez das batidas já me deixa surda.
mas eu não me controlo, eu me controlo.
ou finjo o controle do meu descontrole.
Vejo a ti, mas concentro-me em mim,
no desespero da contenção de mim mesma.
quer queira, quer não.
viro egoísta por sua causa - e de tudo te culpo.
e essa consciência é o que me mata. sim, a consciência mata.
às vezes eu queria ser inconsciente, inconsequente
mas eu não sou. sou apenas inconstante.
e o que eu queria mesmo era você.
você não sabe, eu sou uma farsa.

8 comentários:

thiê disse...

sim, é reconfortante ter amigos talentosos... um dos melhores que já lí em todos os blogs que visito...

Samory Santos disse...

Realmente, transmissão de pensamentos :o ...

Coincidência ou...?

Lúcia Neco disse...

E vivemos nessa nossa mentira, nessa nossa revolução que aqui está e que ninguém nos tira.



Sintonia, Samory.

angeloreale disse...

de arrepiar.
calado ainda estou errado.

Maria Garcia disse...

Lalai, coloquei seu blog no meu o/
Obrigada pela idéia de fazer um blog. Beijos

Cláudia Barral disse...

Oi. Belos calos. Que bom que você os mostra. :)

Quase Imperceptív... disse...

tão viceral que lhe escapam as "cartas da manga"
;~ muito bom

isbela disse...

é isso mesmo
lindo...